Música - Arnold Schönberg

A música
A música expressionista caracteriza-se pela emotividade intensa, dissonâncias extremas, melodias ásperas e angulosas. Assim como nas outras manifestações artísticas expressionistas, o compositor deposita em sua música seus sentimentos mais profundos, extremos e desesperados, dando à obra um caráter exagerado.
Arnold Schoenberg, Alban Berg, e Anton Webern, formadores da "Segunda Escola de Viena", são os três principais compositores expressionistas, sendo o primeiro o criador do estilo, e os outros dois seus discípulos de maior renome.

Arnold Schönberg
Arnold Franz Walter Schönberg (1874 - 1951), foi um compositor austríaco de música erudita e criador do dodecafonismo, um dos mais revolucionários e influentes estilos de composição do século XX. Suas primeiras obras, apesar de ligadas à tradição pós-romântica, já prenunciavam um método composicional inovador, que evoluiu para a atonalidade e, mais tarde, para um estilo próprio, o dodecafonismo. Schönberg foi também pintor e importante teórico musical.
Primogênito de uma família judaica ortodoxa natural da Hungria, Arnold Schönberg desde cedo entrou em contato com as artes, influenciado por seu tio Fritz Nachod, grande admirador da poesia e da literatura francesas. Aos oito anos de idade, iniciou sua educação musical e passou a ter aulas de violino, compondo, nessa época, suas primeiras músicas. Mais tarde, tornou-se autodidata na aprendizagem de piano e violoncelo. Com a morte do pai, em 1889, a família passou a enfrentar dificuldades financeiras e Schönberg, para ajudar, tornou-se empregado de um banco, onde trabalhou até 1895. Seu interesse pela arte, entretanto, não diminuiu nesse meio tempo: Bach encorajou-o a seguir a carreira de músico e despertou-lhe o interesse em buscar ideais artísticos próprios. Em 1894, passou a ter aulas de composição com Alexander von Zemlinsky. Referência importante em toda a carreira de Schönberg, Zemlinsky foi o responsável por sua formação teórica e musical, além de dar-lhe os princípios gerais de composição. Várias de suas obras remetem a temas do Judaísmo, como sua ópera inacabada Moses und Aron, Um sobrevivente de Varsóvia, para recitante, coro e orquestra, e as suas últimas obras, os três coros do opus 50. O segundo desses coros foi dedicado ao Estado de Israel. Ele ainda estava a trabalhar no terceiro deles, quando morreu em 1951, e o coro ficou inconcluso.

Egon Schiele - pintor

Egon Schiele (Tulln an der Donau, 12 de Junho de 1890 — Viena, 31 de Outubro de 1918) foi um pintor austríaco ligado ao movimento expressionista. Nasceu no seio de uma família humilde, sendo que seu pai era um trabalhador dos caminhos de ferro. Em 1905, com quinze anos, Schiele perdeu o pai por causa da sífilis. A partir dessa data ficou aos cuidados de um tio materno que reconheceu o seu valor artístico e o apoiou. No ano seguinte ingressou na Akademie der Bildenden Künste, em Viena, onde estudou desenho e pintura, em oposição à vontade de sua mãe que queria vê-lo a seguir os passos do pai. Em 1915 Egon deixou Valerie e ficou noivo de Edith Harms, vindo a casar-se no dia 15 de Junho desse ano. Em 1918, Schiele foi convidado a participar na 49º Secessão em Viena. Teve 50 trabalhos aceites na exibição que foram postos na sala principal. Fez também o poster para a exibição, o qual era inspirado na Última Ceia, com o seu retrato no lugar de Cristo. Este acontecimento foi um tremendo sucesso tendo resultado na subida do valor económico dos trabalhos deste artista. Durante o último ano da sua vida, Egon Schiele fez várias outras exposições igualmente com sucesso. No outono de 1918, Edith, grávida de seis meses, foi uma das mais de vinte milhões vítimas da gripe espanhola, morrendo a 28 de Outubro. Três dias depois da sua morte, Schiele abandona também a sua vida. Durante estes três dias, Egon Schiele fez alguns retratos de Edith, tendo sido estes os seus últimos trabalhos. Atualmente as suas obras mais importantes encontram-se em museus de Viena e da Suíça assim como em importantes coleções particulares.
Imagem: A morte e a mulher, 1915

Literatura - James Joyce

Literatura
O movimento é marcado por individualidade do escritor, análise minuciosa do subconsciente dos personagens e metáforas exageradas ou grotescas. Em geral, a linguagem é direta, com frases curtas. O estilo é abstrato, simbólico e associativo.O irlandês James Joyce, o inglês T.S. Eliot (1888-1965), o tcheco Franz Kafka e o austríaco Georg Trakl (1887-1914) estão entre os principais autores que usam técnicas expressionistas.
James Joyce
James Augustine Aloysius Joyce nasceu em 1882, em Dublin (Irlanda). Em 1902, foi para Paris para estudar medicina, mas abandonou o curso para dedicar-se ao ensino da língua inglesa e à literatura. Com a morte da mãe, em 1903, retornou a Dublin. Logo se mudou para Zurique (Suíça) e, em seguida, para Trieste (parte do Império Austro-Húngaro, hoje Itália), onde deu aulas de inglês. Em 1906, foi para Roma, onde também trabalhou como professor. Em 1907, publicou seu primeiro livro, Música de Câmara (poemas). A coletânea de contos Dublinenses saiu em 1914, causando revolta nos círculos conservadores, por sua descrição sem sentimentalismo das misérias da vida na Irlanda. Seu primeiro romance, o autobiográfico Retrato do Artista Quando Jovem apareceu em 1916. Mas Joyce só alcançou fama internacional em 1922, com a publicação de Ulisses, citado muitas vezes como um dos maiores romances do século 20. Cercado pela família e amigos, Joyce trabalhou por 17 anos em seu último livro, Finnegans Wake (1939), uma grande comédia escrita em linguagem toda própria.
Depois de viver 20 anos em Paris, quando os alemães invadem a França no início da Segunda Guerra Mundial, Joyce se refugia em Zurique, onde morre, em 1941.

Erich Heckel

Erich Heckel (Pintor e escultor – 1883-1970) Heckel pertenceu ao grupo dos primeiros expressionistas denominado Die Brücke. No entanto, evitou em seus quadros a deformação excessiva da realidade e preferiu as composições harmônicas de tons claros e tranqüilos. Nascido em Döbeln, um povoado da região da Saxônia, Heckel logo fez amizade com o pintor Schmidt-Rottluf. Estudou arquitetura e ao mesmo tempo dedicou-se à pintura como autodidata. Em 1905 uniu-se ao grupo Die Brücke e partiu com os demais integrantes para a casa de Moritzburg, onde passaram juntos vários verões pintando e sobrevivendo com o pouco que conseguiam. Algum tempo depois, no Salão de Outono de 1913, Heckel conheceu a obra do cubista Delaunay, que teve uma importância fundamental em sua fase criativa mais importante. No ano de 1914 o pintor se inscreveu como voluntário da Cruz Vermelha e deixou de lado os pincéis por algum tempo. Na volta entrou em contato com Beckman e Ensor. Nos dez anos seguintes viajou constantemente pela Europa toda. Na volta, vítima da difamação do nazismo, começou a pintar paisagens e quadros de natureza mais intimista, tentando sobreviver. Entre 1949 e 55 lecionou na escola de belas-artes de Karlsruhe. Morreu em 1970 em sua casa, perto do lago de Boden. A obra de Heckel se caracterizou pelas pinceladas finas e leves de cores complementares, que davam grande vitalidade à composição. Ele mesmo dissolvia os pigmentos até conseguir com o óleo a textura das aquarelas. Seus temas favoritos eram as cenas circenses com personagens mascarados, mas seus quadros mais representativos são os nus na natureza, de formas facetadas e luz explosiva, produto da influência de Delaunay.

Edvard Munch, pintor. Um dos criadores do expressionismo.

Munch foi pintor e gravador de angústias existenciais e ameaças invisíveis. A atmosfera sombria, os nus e retratos espectrais eram marca registrada dele. A partir de 1890 seu expressionismo adquiriu caráter simbolista, de teor quase histérico.
Edvard Munch nasceu em Löten, na Noruega, em 12 de dezembro de 1863, e estudou arte em Oslo. Começou a pintar em 1880, primeiramente retratos e depois uma série de quadros naturalistas que testemunham sua rejeição ao impressionismo da época. Apesar do escândalo causado pela exposição de suas obras em Oslo, Munch ganhou uma bolsa de estudos em 1889. Morou na França, na Alemanha e na Itália, e somente após 18 anos regressou à terra natal. Em Paris, fez contato com os pós-impressionistas, especialmente Toulouse-Lautrec e Gauguin, de quem recebeu reconhecida influência. Em Berlim, entre 1892 e 1908, conheceu August Strindberg e influiu na evolução do expressionismo alemão. Em 1910, definitivamente de volta à Noruega, Munch renovou sua pintura com um estilo não menos vigoroso mas de cores claras, em que se abranda o espírito trágico das obras anteriores. A maior parte de suas obras pode ser vista no museu de Oslo que recebeu seu nome.
Edvard Munch morreu em Ekely, próximo a Oslo, em 23 de janeiro de 1944.

Imagem: O Grito, Edvard Munch.

Histórico - (imagem: "O Tropical" Anita Malfatti)

O Expressionismo surge de um desdobramento do pós-impressionismo, recebendo influências de uma série de artistas pertencentes a este período, como o holandês Van Gogh e o norueguês Edvard Munch. Encontra ligações também com certas manifestações do art noveau e do simbolismo. Considerando os desdobramentos do Impressionismo, os principais precursores do movimento foram Vincent van Gogh, Edvard Munch e Paul Klee, tal a dramaticidade de suas obras, a importância (e, em certo sentido, a independência) da cor. Ambas as obras propõem uma ruptura formal e ideológica com a Academia e com o Impressionismo. O simbolismo como um todo também influenciou os movimentos expressionistas, em uma outra esfera, devido à importância dada à mensagem oculta na obra.
No Brasil destacam-se Antonio Garcia Bento, Benedito Calixto de Jesus, Lasar Segal, pintor da dor e sofrimento humanos, e Anita Malfatti, que modernizou a pintura brasileira com temas nacionalistas, entre eles O Tropical, de 1916.

Onde ocorreu o expressionismo?

Tal movimento desenvolveu-se grandemente na Alemanha, especificamente no período após a Primeira Guerra Mundial, sendo um importante instrumento para a realização de denúncias sociais, especialmente em um momento que, politicamente, os valores humanos eram o que menos importava. Na América Latina, o movimento manifestou-se como uma via de protesto político.